segunda-feira, 5 de março de 2012

Livre de homens para amar.

é uma pena que sempre existirão homens que de alguma forma irão liderar um grupo de pessoas que se deixam ser liderados, talvez pela falta de conhecimento de Deus, talvez pela falta de leitura, ou porque não sabem andar livres como pássaros sem gaiola. Eu quero congregar, mas livres de homens que queiram me liderar. Jesus meu único Pastor me ama mais do que qualquer homem possa me amar.
Vanessa Putrick Rodrigues.

terça-feira, 22 de março de 2011

Evangelho Maltrapilho

Deus tem um único posicionamento inflexível com relação a nós: ele nos ama.

sexta-feira, 30 de outubro de 2009

A BASE DA UNIDADE





A unidade cristã não é baseada em um acordo a respeito de doutrinas. Por exemplo, não há dúvida de que muitos não con­cordam com o que estou ensinando neste livro. Mas a nossa obrigação de amar uns aos outros transcende tal desacordo. Nosso amor pelos outros está baseado no fato de que nós temos um compromisso com Jesus Cristo e com todos aqueles que per­tencem a Ele.
A verdadeira unidade não é o mesmo que unanimidade. A verdade sincera é que nós todos nunca concordaremos uns com os outros doutrinalmente. Sempre haverá diferenças de opinião. Nem todos têm a mesma revelação. Alguns carecem de com­preensão espiritual. Outros não cresceram espiritualmente para receber certas verdades.
O escritor aos Hebreus, por exemplo, tinha desejo de ensinar muitas coisas aos crentes, mas eles eram muito infantis para recebê-las (Hb 5:11-13). Outros, ainda, são teimosos, cheios de opinião ou apenas claramente equivocados sobre muitas coisas.
Portanto, acordo doutrinal nunca poderá ser à base de nossa unidade.
A verdadeira unidade também não é uniformidade. É verdade que somos exortados a ter a mesma mente e a falar as mesmas coisas (1 Co 1:10). Entretanto, esta meta não pode ser alcançada pela insistência em que todos concordem conosco. Esse ideal só pode ser atingido através da obra do Espírito Santo em cada indivíduo. Se insistirmos em que aqueles com quem temos relacionamentos espirituais falem, ajam e pensem apenas de acordo com certas linhas predeterminadas, podemos con­seguir uma aparência de uniformidade, mas nunca teremos a verdadeira unidade que Jesus deseja.
Somos instruídos por Deus a manter a "unidade do Espírito" até que todos nós cheguemos à "unidade da fé" (Ef 4:3-13). Assim, vemos que a verdadeira unidade de compreensão espiritual só virá com o crescimento, com a maturidade e, talvez, com a segunda vinda de Cristo. Mas enquanto isso, somos exortados a manter a unidade espiritual - a unidade do Espírito - com cada membro do corpo de Cristo.
A verdadeira unidade também não é conformidade. Muitos grupos de crentes pressionam seus membros, sutil ou aberta­mente, a se conformar a certo conjunto de práticas e regras. Isto pode envolver o tipo de roupas a vestir, uma gama de atividades, uma submissão a figuras de autoridade ou mesmo uma maneira peculiar e distinta de falar, interagir socialmente ou até mesmo de pregar.
Entretanto, isto também não é unidade real. O homem natural pode ser ensinado e condicionado a se conformar a muitos padrões diferentes. O exército é um bom exemplo disto. Lá, todos se vestem, falam, obedecem e agem do mesmo modo.
Em alguns grupos cristãos, tais coisas também estão em evidência. Mas isso não se constitui em verdadeira unidade. A unidade que Deus procura é a de que todos sejam transforma­dos, para se tornarem semelhantes à mesma pessoa - Jesus Cristo.


David Dyer

domingo, 16 de agosto de 2009

A ESPOSA


"Vós, mulheres, submetei-vos a vossos
maridos, como ao Senhor"Efésios 5.22.
Se há alguém que vive em família a milênios, e pode nos instruir, este é Deus Pai e seu Filho Jesus Cristo no poder do Espírito Santo. O maior bem desta família divina é a unidade, e esta unidade é todo o desejo de Deus para os seus filhos em família: "Para que todos sejam um; assim como tu ó Pai, és em mim, e eu em ti, que também eles sejam um em nós; para que o mundo creia que tu me enviaste" João 17.21.
No capítulo anterior, estivemos atentando para a Palavra de Deus, para a função do pai na família. Vimos que é dele toda a responsabilidade do sustento de sua casa, do ensino, da disciplina, da consolação, da vigilância, do sacerdócio e do governo de sua família. O cuidado com sua casa, é a tarefa mais árdua e difícil para todo filho de Deus. Se ele negligenciar isto, sua casa poderá sofrer perdas eternas. Mas o Senhor viu que não era bom o homem estar só nesta empreitada, e fez para ele uma ajudadora que estivesse diante dele (Gen 2.18).
Neste capítulo, veremos com a graça e misericórdia de Deus, a função da esposa como auxiliar do marido nesta tarefa grandiosa.
Em toda a Palavra de Deus, vemos o Espírito Santo lembrar a mulher de sua função junto ao marido, isto é, submissão: "Vós mulheres, sede submissas aos vossos maridos como ao Senhor" Efésios 5.22. Submissão significa que a esposa tem a missão de auxiliar o marido em sua responsabilidade diante de Deus. A missão é do marido, mas a esposa é seu auxiliar mais próximo, e está subordinado ao encarregado da missão. Creio que não é difícil de entendermos qual o papel da esposa quando olhamos para a Igreja de Jesus. A missão é de Jesus, mas a Igreja, que é sua futura esposa, está empenhada em ajudar Jesus nesta missão, sendo sujeita à sua autoridade: "Mas assim como a igreja está sujeita a Cristo, assim também as mulheres o sejam em tudo a seus maridos" , "porque primeiro foi formado Adão, depois Eva" (Efésios 5.23; I Timóteo 2.13).
Apesar de ser responsabilidade da esposa auxiliar o marido em sua missão, esta não é a principal função da mulher. A mulher foi criada para o homem e não o homem para a mulher (I Timóteo 2.13), com a finalidade de que ele não ficasse só: "Não é bom que o homem esteja só; far-lhe-ei uma ajudadora que lhe seja idônea" Gênesis 2.18, portanto, a principal função da mulher, e a principal finalidade para que foi criada por Deus é ser companheira do marido, e não deixar o homem só.
Quando olhamos para o padrão de Deus para a vida dos homens e mulheres, vemos quanto o pecado transtornou as coisas. Hoje o que se exalta, é o feminismo, a independência da mulher, a auto-suficiência, sendo que tudo isto é perverso a Palavra de Deus. A mulher nunca se sentirá satisfeita, se não descansar, se submeter ao seu marido, e ser seu companheiro, pois, foi para isto que Deus a criou, ser seu companheiro e auxiliar seu marido na sua missão com a família. Rejeitar isto é rejeitar o plano de Deus e seu propósito.
É interessante notarmos, que em todas as cartas onde se trata dos deveres domésticos, a mulher sempre é a primeira a ser exortada. Na hierarquia de Deus, o homem é colocado como cabeça, mas para Deus, a mulher tem uma das tarefas mais importante, auxiliar diretamente seu marido nos afazeres domésticos. Por isso, é que a primeira pessoa que o Espírito vem tratar na família é com as esposas. Além de esposa, a mulher também tem a árdua tarefa de ser mãe.
A mulher nunca terá o encargo de governar, mas tem o encargo de ser sujeita ao governo de seu marido, pois, esta é uma responsabilidade dele diante de Deus. O marido que não tem uma esposa submissa, além de não ter uma auxiliadora em sua missão, terá um problema a mais para cuidar. As esposas submissas são uma bênção para seus maridos, mas as insubmissas são um terrível problema: "A mulher virtuosa é a coroa do seu marido; porém a que procede vergonhosamente é como apodrecimento dos seus ossos" Prov 12.4. "O que perturba a sua casa, herdará o vento" Prov 11.29. "Melhor é morar numa terra deserta do que com a mulher rixosa (desordeira, briguenta, faladeira, mandona) e iracunda (irracional, nervosa, irada) " Prov 21.19.
A maior responsabilidade da esposa depois do companheirismo é a missão do seu lar, totalmente sujeita ao governo de seu marido. Não é dela a responsabilidade pelo sustento da casa, mas do marido. Caso seja ela quem esteja fazendo isto, como tudo que vemos hoje, está em contrariedade ao plano de Deus para sua vida. Somente em casos de separação que isto é tolerado, mas isto ocorre por causa da dureza dos corações, e não por causa da vontade de Deus. Os solteiros também são responsabilidades dos pais, e as viúvas de sua família e da Igreja.
Em casos especiais, Deus dará entendimento, mas o plano de Deus para uma mulher, é auxiliar seu marido nas tarefas de sua casa: "A mulher sábia edifica a sua casa; a insensata, porém, derruba-a com as suas mãos" Prov 14.1.
Cada filho de Deus deve aprender esta vida santa, e ela está na Palavra de Deus. Tanto os maridos como as esposas, os filhos, os servos, e os patrões, necessitam aprender o caminho santo para suas vidas, e é o Espírito de Cristo, que é o caminho, e o que nos conduz a esta experiência. Este caminho da submissão da esposa, só é possível para a esposa regenerada: "E ali haverá uma estrada, um caminho que se chamará o caminho santo; o imundo não passará por ele, mas será para os remidos. Os caminhantes, até mesmo os loucos, nele não errarão" Isaías 35.8.
Como vimos anteriormente, governar não é um privilégio, mas um encargo de responsabilidade, e este encargo a esposa não precisa carregar. A submissão não é um prejuízo, mas uma bênção quando vista do prisma divino. Não ter que governar é um descanso. Não tem melhor posição do que ser governado. Tem sido um cansaço para as esposas dominarem seus maridos. Toda desobediência à lei de Deus, terá sua conseqüência. Toda mulher que vai contra esta lei, sofrerá o dano da desobediência: "A tua vontade será para o teu marido e ele te dominará" Gen 3.16.
Tudo o que estamos dizendo, não vem dos homens, mas de Deus. A mulher prudente tem prazer na lei do Senhor, e medita nela de dia e de noite (Sal 1.2), e também tem o cuidado de fazer tudo quanto nela está escrito (Josué 1.8). Toda esposa insubmissa blasfema a Palavra de Deus, e isto deve ser um temor para os regenerados: "para que ensinem as mulheres novas a amarem aos seus maridos e filhos, a serem prudentes, honestas, operosas donas de casa, bondosas, submissas a seus maridos, para que a palavra de Deus não seja blasfemada" Tito 2.4-5.
Neste texto, juntamente com provérbios 31, do verso 10 ao 31, vemos vários aspectos desta esposa segundo o coração de Deus. Lembre-se que tudo isto é possível ao que crê, pois, já recebemos de Deus tudo o que diz respeito à vida e à piedade, pelo pleno conhecimento daquele que nos chamou por sua própria glória e virtude (II Pedro 1.3).
Mulher virtuosa significa a mulher que tem virtudes divinas, que tem frutos do Espírito, que tem conhecimento de Deus. O primeiro aspecto que encontramos nesta mulher virtuosa é a prudência. Prudência é agir com medida, falar com medida, e esta prudência se alcança pelo conhecimento do Santo Jesus Cristo (Prov 9.10). O princípio da sabedoria é o temor, e o conhecimento do Santo é a prudência. A prudência faz a mulher abrir a boca com sabedoria.
Sendo ela auxiliadora do marido, e capacitada por Deus para enxergar coisas que o marido não enxerga (não estamos com isto falando do sexto sentido da mulher, não cremos nisto, mas num dom de Deus dado pelo Espírito Santo), ela deve ter a prudência no falar para não auxiliar seu marido no erro. A mulher só deve falar com revelação de Deus, do contrário transtornará a vida de seu marido: "O hipócrita com a boca arruína o seu próximo; mas os justos são libertados pelo conhecimento" Prov 11.9. "A mulher virtuosa abre a sua boca com sabedoria, e o ensino da benevolência está na sua língua" Prov 31.26.
A próxima característica da mulher virtuosa é o amor por seu marido e seus filhos. Este não é o amor "Eros", o amor carnal, mas o amor Ágape, o amor de Deus. Este amor a faz sofrer calada, e a fazer bem a seu marido e a seus filhos e não mal todos os dias da sua vida. A não ser invejosa, a não se vangloriar, a não buscar os seus próprios interesses, mas o que é do marido, não se irrita, não passa por cima do marido, nem joga seus filhos contra ele. Não dá escândalo, nem é inconveniente. Não tem ciúmes nem pensa mal de seu marido. Não se assenta na roda das fofocas, nem fala de suas intimidades. Não se associa, mas condena as que são insubmissas a seus maridos. Fala com sabedoria da Palavra de Deus, e se alegra com ela. Crê em todas as promessas de Deus para sua vida e de sua família, espera tudo, e suporta tudo com paciência no Senhor (I Cor 13.4-7).
A mulher virtuosa é uma operosa dona de casa. Nunca come o pão da preguiça, ela trabalha de boa vontade com suas mãos. É econômica, e faz com que o ganho de seu marido seja suficiente e até faça sobrar. Procura até em lugares distantes o que seja mais barato. Quando ainda está escuro, ela se levanta, e cuida do mantimento de sua casa (faz o café de seu marido, filhos e até de suas servas). Conhece o valor de tudo, e trabalha até tarde se necessário. Mesmo com pouco, tem servas sob seu cuidado. Não se esquece do pobre e necessitado, e supre sua casa de vestes e também dos necessitados. Ela é forte, respeitada e não tem medo do futuro. Quando há necessidades em sua casa, é disposta e animada, e sabe se cuidar para não desprezar seu marido quando ele a deseja. Cuida para não negar-se ao seu marido, para que Satanás não os tente em razão da falta de diligência. Em caso de ira, ela não deixa que a noite chegue e perdoa seu marido. Ela não dá lugar ao Diabo em seu leito (Efésios 4.26-27). Faz do seu matrimônio uma honra, e de seu leito um lugar sem mácula (Prov 31.10-25; I Cor 7.1-4; Heb 13.4).
Este é um ponto que precisamos destacar, porque muitas mulheres cuidam muito bem de suas casas, seus filhos, pais e mães, mas não se dá conta que sua maior e mais bem-aventurada função é ser companheira de seu marido. O trabalho nunca deve impedir a comunhão; o trabalho não deve ser colocado como prioridade, apesar de muito necessário, não deve ser impedimento para a comunhão e o companheirismo.
A mulher virtuosa é casta, e sabe guardar seu corpo e sua nudez para seu marido. Procura vestir-se com decência. Seu adorno não é o enfeite exterior, como as tranças dos cabelos, o uso de jóias de ouro, ou o luxo dos vestidos, mas o do íntimo do coração, num incorruptível traje de um espírito manso e tranqüilo, que é precioso diante de Deus (I Ped 3.1-4).
Nós podemos ver pela Palavra de Deus, que uma mulher se torna preciosa diante de Deus, quando ela adquire pelo Espírito, a experiência de ter um espírito manso e tranqüilo diante de Deus. Mansidão é um fruto do Espírito que traz à mulher uma força controlada, o descanso, a confiança, e a tranqüilidade.
Para o mundo isto é loucura, mas para Deus, para o marido, e para os filhos é uma preciosidade: "Levantam-se seus filhos, e lhe chamam bem-aventurada, como também seu marido que a louva, dizendo: Muitas mulheres têm procedido virtuosamente, mas tu a todas sobrepujas" Prov 31.28-29. A mulher virtuosa excede as mais finas jóias. Assim também se adornavam antigamente também as santas mulheres que esperavam em Deus (é necessário observar que mesmo as mulheres que não tinham esposos regenerados, esperavam na promessa de Deus, e ganhavam seus maridos para si (3.1). Elas não olhavam para as circunstâncias, mas para Deus, esperavam em Deus), e estavam submissas a seus maridos. Só é possível estar submissa, e submissão é obedecer, se alguém estiver esperando em Deus ( I Pedro 3.1-6).
Muitos dizem que as mulheres são mais fervorosas que os homens para as coisas de Deus, mas o que acontece é que a mulher é um vaso mais frágil, e quanto mais fraca, mais dependência de Deus se deve ter: "Pelo que sinto prazer nas fraquezas, nas injúrias, nas necessidades, nas perseguições, nas angústias por amor de Cristo. Porque quando estou fraco, então é que sou forte" II Cor 12.10.
A mulher tem um valor tão importante na família, que Deus exorta aos maridos que coabitem com elas com entendimento, dando honra a mulher como vaso mais frágil, e como sendo elas herdeiras da mesma graça da vida, para que suas orações não sejam impedidas. O marido que deixa de observar isto, está negligenciando que Deus pode impedir suas orações (I Pedro 3.7).
Quem acha uma esposa, alcança favor do Senhor. Casa e riquezas vem dos pais, mas a mulher prudente vem do Senhor. Só o Senhor pode realizar a benção de fazer de uma mulher, uma esposa prudente, e a benção do Senhor enriquece e não acrescenta dores.

PODE A MORALIDADE SALVAR-NOS?

Pode a moralidade salvar-nos? A resposta do mundo a esta pergunta é: "Sim"; mas a resposta de Deus, mediante a Bíblia é um grande e enfático "Não!" O poder de nossa salvação está nas mãos de Deus e não em nosso pensamento, pois nossa salvação tem origem nele; não é algo que nós mesmos arbitrariamente possamos decidir. Neste assunto precisamos ouvir a voz de Deus. Precisamos ouvir o que ele tem a dizer e não imaginar que nossas obras nos salvarão. Devemos compreender claramente que o assunto da salvação é determinado por Deus e por ele somente.
Bem-aventurado é o homem que reconhece que a moralidade não o pode salvar de modo nenhum! Hoje em dia as pessoas geralmente vêem a idéia de alguém pregando-lhes acerca de "crer em Jesus" como uma tentativa em persuadi-las a praticar o bem. Entretanto, o próprio conceito de persuasão demonstra o fato de que o homem não pode fazer o bem. Mesmo muitos crentes não compreendem por completo que as boas obras não podem salvá-los. Pensam que se fizerem o melhor que puderem a fim de conservar a fé, freqüentarem a igreja, contribuírem com seu dinheiro e ajudarem nas atividades da igreja — isto é, se procurarem fazer o melhor em realizar o bem — que Deus se agradará deles e que os salvará. Entretanto, como ignoram eles o vazio de todas estas coisas! Pois no caso da salvação, estas coisas não ajudarão nem um pouco! (Não quero dizer aqui que não devemos conservar a verdade, e assim por diante. Digo apenas que não seremos salvos por meio dessas coisas.)
É vão arrazoar e argumentar com palavras humanas. Ouçamos, antes, a Palavra de Deus. O que Deus diz a respeito de um assunto, é a solução.
"Concluímos, pois, que o homem é justificado pela fé, independentemente das obras da lei" (Romanos 3:28). A frase "obras da lei" significa a prática do bem. Ora, a lei é estabelecida por Deus e define o que o homem deve fazer. Se alguém pudesse cumprir a lei de Deus, seria tido como a melhor pessoa no mundo. Entretanto, por meio do autor da carta aos Romanos, Deus diz que é absolutamente claro e certo que o homem não é justificado pelas obras da lei.
O que significa ser justificado? Significa que Deus não somente perdoará os pecados da pessoa mas também declarará ser ela justa. Em outras palavras, ser justificado é ser salvo. O que Deus nos ensina aqui é isto: não podemos ser justificados e salvos pelo praticar as obras da lei. Nenhum de nós pode, portanto, confiar em suas boas ações como se elas pudessem salvar. Logo, paremos de confiar em nossas próprias boas obras, confessemos que de nós mesmos somos pecadores sem esperança e aceitemos a Jesus como nosso Senhor e Salvador. Ao fazer isto, seremos salvos.
Louvado seja Deus, pois ele não salva porque as pessoas fazem o bem. Pelo contrário, ele salva segundo este princípio: "onde abundou o pecado, superabundou a graça" (Romanos 5:20b). Deixe-me perguntar-lhe: Você sabe que é pecador? A sua consciência o acusa? Você ainda não concluiu em seu coração que uma pessoa como você está sem esperança? Não se engane ao pensar que pode ser salvo por fazer o bem ou por unir-se a uma igreja para que entre nas boas graças de Deus mediante o cântico e a oração. Não tente usar meios humanos para remediar seus pecados. Você é pecador; não importa o quanto você tente consertar as coisas, ainda é pecador. Portanto, não confie em suas boas obras. Embora seus pecados possam ser muitos, o sangue precioso de Cristo pode purificá-lo e o purificará. Venha a ele agora!
Charles H. Spurgeon, pregador inglês, foi grandemente usado pelo Senhor. Certa vez Spurgeon afirmou que se o Senhor desejasse que ele fizesse o bem a fim de ser salvo ele não gostaria de ser cristão. Explicou sua afirmativa, ilustrando o seu ponto como segue:
— Depois de ter praticado muito o bem, apresentei minhas obras a Deus e perguntei se eu já era bom o suficiente para ser salvo. Ele, sendo Deus de todo o bem, naturalmente ficou insatisfeito com minhas boas ações. De modo que sacudindo a cabeça, disse: "O seu bem não é suficiente." Com tristeza segui meu caminho. E procurei fazer mais boas obras. Mais tarde, depois de vários anos, tornei a levar as minhas boas ações a Deus e uma vez mais perguntei se eram suficientes para minha salvação. De novo, ele respondeu: "O seu bem ainda não é suficiente; você não pode ser salvo." Isto poderia continuar indefinidamente, e Deus jamais ficaria satisfeito. Nesse caso, como é que eu ficaria sabendo que poderia ser salvo? Se Deus realmente exigisse de mim que eu fizesse o bem a fim de ser salvo, é provável que eu tivesse de trabalhar até a morte e ainda não ser salvo porque ele ainda estaria insatisfeito. Que estado lastimável! Por esse motivo, não gostaria de ser crente se Deus exigisse que eu fizesse o bem a fim de ser salvo; pois eu poderia praticar boas obras a vida toda e ainda ele não ficaria satisfeito. Não seriam vãos todos os meus esforços?
Mas graças a Deus o Pai que não somos salvos por praticar o bem, mas por crer em seu Filho. Embora ele não esteja satisfeito com nossos esforços (pois não temos bem nenhum), não obstante, deleita-se no bem de seu Filho Jesus. Ele está completamente satisfeito com a justiça que seu Filho realizou na cruz. Embora nós mesmos não possamos fazer o bem, podemos, contudo, ser salvos crendo no Filho de Deus, aceitando o mérito do sangue de Jesus vertido na cruz.
Não deixe que Satanás o engane levando-o a pensar que pode ser salvo pelas boas obras. Assim como você não consegue construir uma escada que alcance o céu, da mesma forma não obterá a salvação de Deus pela prática das boas obras. Não somos justificados por Deus mediante boas obras de nenhuma natureza que tenhamos praticado, mas somos "justificados gratuitamente, por sua graça, mediante a redenção que há em Cristo Jesus"; pois "se é pela graça, já não é pelas obras; do contrário, a graça já não é graça" (Romanos 3:24; 11:6). Não são estes versículos da Escritura muito claros? Somos justificados e salvos por Deus não pelas obras mas pela graça.
Graça e obras são dois princípios diametralmente opostos. "Graça" significa que não importa seja o homem bom ou mau, Deus deseja salvá-lo. Este ou aquele homem não é digno de ser salvo, entretanto, por meio da graça de Deus ele tem à sua disposição a salvação gratuita. "Obras", por outro lado, é um assunto inteiramente diverso. "Obras" significa que os bons serão salvos e os maus perecerão. Em outras palavras, o homem deve fazer o bem a fim de salvar-se; e todo aquele que não puder salvar a si mesmo desta maneira deve ir para o inferno.
Sabemos que todos nós somos pecadores. Embora não cometamos pecados tão horríveis como assassínio ou como o incêndio de alguma propriedade, nossa natureza, contudo, é totalmente corrupta e nossos pensamentos e ações, cheios de engano. Somos deveras pecadores! Mas graças e louvor a Deus, porque ele não nos salva por nossas obras; pelo contrário, salva-nos por sua graça — gratuitamente e sem reservas.
Hoje em dia muitas pessoas têm a idéia de que a salvação não é somente pela graça de Deus: é também por nossas obras. A graça de Deus mais nossas obras é igual à salvação. Se não for assim estaremos perdidos. Que lástima! Como o homem natural sempre procura ser salvo por seus próprios esforços! Entretanto, lembremo-nos das palavras de Romanos 11:6: "Se é pela graça, já não é obras [graça e obras não podem co-existir. Se não for graça, serão obras; se não forem obras, será graça. A salvação não pode vir pela graça e pelas obras]; do contrário [e aqui o autor inverte o argumento, dizendo, de fato, que se graça e obras forem unidas, então... ] a graça já não é graça [o imensurável favor especial de Deus será deturpado pelos trapos da imundícia das obras humanas.]." As obras do homem não somente não podem cumprir a graça de Deus, mas além disso anularão sua graça. Portanto, se você, pecador, deseja ser salvo, não pense que suas obras o ajudarão. Pelo contrário, você deve humilhar-se a si mesmo, reconhecer seu estado de pecador sem esperança e aceitar com gratidão a graça de Deus mediante a fé na obra realizada na cruz do seu Filho. Tal graça maravilhosa é concedida gratuitamente a todos os pecadores!
Mas continuemos a ler a Palavra de Deus. "O homem não é justificado por obras da lei" — "Não por obras da lei, pois por obras da lei ninguém será justificado" — "Todos quantos, pois, são das obras da lei, estão debaixo de maldição" — "É evidente que pela lei ninguém é justificado diante de Deus" (Gálatas 2:16; 3:10, 11).
Ora, já observei que obras da lei é praticar o bem, e que ser justificado pelas obras da lei significa ser salvo pelas obras. Mas o que indicam estes versículos de Gálatas? O homem não somente não pode ser salvo por praticar o bem, mas o que procura ser salvo por meio das obras está debaixo de maldição. A Bíblia diz-nos explicitamente que homem algum jamais foi justificado diante de Deus pelas obras da lei. Por que, pois, você ainda tenta o impossível? Em vez disso, por que não contemplar e abraçar a obra consumada de Cristo? Ele já pagou o preço total, e por amor de você dispôs-se a ser crucificado. Desta forma, ele realizou tudo. De modo que você não precisa procurar a salvação com grande angústia. Antes, pode ser salvo tão-somente aceitando a obra da salvação que Cristo consumou por você. Por que insistir em seu próprio caminho? Creia nele e depois de ter crido, louve-o. Porque ele o amou tanto a ponto de prover-lhe salvação completa e gratuita.
Há dois versículos da Escritura que explicam a salvação divina de uma maneira muitíssimo clara. Paulo, servo de Deus, escreve aos crentes de Éfeso: "Porque pela graça sois salvos, mediante a fé; isto não vem de vós, é dom de Deus; não de obras, para que ninguém se glorie" (Efésios 2:8, 9). Sabemos imediatamente desta passagem que trata do assunto da salvação uma vez que começa com as palavras "Porque pela graça sois salvos".
Como é que os leitores de Paulo haviam sido salvos? Pelas obras? Não. Por serem mais fortes do que as outras pessoas? Também, não. Como, pois, foram salvos? Esta passagem diz-nos duas coisas necessárias para a salvação deles: a graça de Deus e a fé. Eis o primeiro elemento: "Pela graça sois salvos." Graça é o que Deus dá; ele providenciou para nós um Salvador — "mas o Senhor fez cair sobre ele [Cristo] a iniqüidade de nós todos" (Isaías 53:6b). Deus fez com que Cristo morresse na cruz para levar os nossos pecados. Cristo sofreu e bebeu por completo o cálice da justa ira de Deus para que pudesse realizar para nós a salvação perfeita. Quão profunda é a graça! A graça de Deus é o fundamento da salvação. Aqui o homem não presta ajuda alguma. Deus, sozinho, realiza tudo por nós. E agora ele apresenta a salvação completa a cada pecador, inclusive você. Como, pois, podemos ser salvos? Não pelas obras da lei, nem pela autonegação, nem pela melhoria pessoal, nem por freqüentar a igreja, mas ao aceitar a graça de Deus manifestada na cruz do Calvário.
Voltemos-nos agora para o outro lado da salvação: 'Tela graça sois salvos, mediante a fé." Deus, deveras, dá a graça, mas devemos também crer. Pois embora Deus conceda a graça, se não crermos não seremos salvos. Uma vez que a graça de Deus já nos providenciou salvação substitutiva na cruz do Calvário, devemos crer em sua provisão, a saber, o Senhor Jesus e sermos salvos.
O que significa ter fé? Crer significa receber (João 1:12). Deus preparou a graça, e somos salvos por recebê-la. Suponha que alguém lhe envie um presente. O presente é seu desde que você o receba. Da mesma forma, Deus lhe envia a graça salvadora que será imediatamente sua no momento em que a receber. Insto com você que não demore mais. Receba-a agora. Estenda a mão da fé e receba a espantosa graça de Deus.
Talvez possamos usar aqui uma ilustração. Em certa época viveu um homem rico. Tendo conhecimento de que muitos pobres estavam quase morrendo de frio, durante um inverno muito severo, ele decidiu procurar o nome e endereço dessas pessoas para mandar-lhes seu servo levando carvão para se aquecerem. Segundo planejado, o servo saiu com o cavalo e a carroça. Ao chegar à primeira casa, perguntou se era um dos nomes e endereços da lista. Recebendo uma resposta afirmativa do pobre, o servo revelou a vontade do seu mestre em dar o carvão. O pobre pensou que devia ser engano. Ele não tinha um amigo tão bom assim e portanto fechou a porta recusando-se a aceitar a dádiva. O que podia fazer o servo senão prosseguir para a casa seguinte? Lá, recebeu o mesmo tratamento; o dono da segunda casa disse não ter tal amigo. Por mais que o servo explicasse que não era engano, o pobre ainda duvidava e recusava-se a aceitar o presente. Depois de ter visitado várias casas e falhado em todas elas (pois ninguém acreditava em um homem tão bom assim que lhes desse carvão de graça), chegou o servo à casa de uma viúva pobre. Ao ouvir a história do servo, ela aceitou o carvão com alegria e agradeceu ao senhor o presente. Com o carvão recebido, passou, com conforto, o amargo inverno.
Você percebe que a graça de Deus é semelhante a esta história: é inteiramente gratuita. E agora que os servos de Deus já lhe trouxeram a salvação do Senhor, você pode experimentar seu calor e alegria, se estiver disposto a aceitá-la. Não seja como os que duvidaram; pois se o fizer, sofrerá a perda eterna infligida por si mesmo! Simplesmente aceite a graça divina e o dom da salvação será seu.
Efésios 2 ensina-nos que é "mediante a fé" e também "pela graça". Instrui-nos ainda mais a respeito da natureza da salvação, que, (1) não "vem de nós, é dom de Deus", e (2) "não de obras, para que ninguém se glorie". A salvação envolve dois "nãos": "não vem de vós" e "não de obras". Quão clara ela é!
Note, primeiramente que a salvação não é de vós. Quer sua moralidade seja superior ou inferior, quer seja você rico ou pobre — nada disso tem absolutamente nenhum efeito sobre sua salvação. Se você estiver disposto a aceitar a graça de Deus, poderá ser salvo independentemente de ser sábio ou tolo, santo ou ímpio. E, também não importa o que você seja, perecerá se recusar-se a aceitar o Salvador. Portanto, a salvação nada tem que ver com o que você é; Deus oferece-a gratuitamente como um dom.
Note também que a salvação não é de obras. "Vós" refere-se ao que você é e "obras" ao que você faz. Deus não disse que a pessoa pode ser salva por praticar o bem; declarou, contudo, que a salvação não vem das obras. Conseqüentemente, você não será salvo ainda que faça o melhor que puder, nem necessariamente perecerá por praticar o pior. O ser salvo ou perecer não depende de suas obras mas do seu aceitar ou não a graça de Deus.
Gostaria de dizer-lhe o seguinte: não pense em suas boas obras; antes, considere mais seus pecados. Por que não vir a Deus com coração contrito e confessar que é pecador e que não possui boas obras das quais se gabar e que não tem mérito do qual depender? Por que não confiar simplesmente na graça que Deus lhe oferece mediante seu Filho na cruz? Peço-lhe que venha sem demora. Ainda hoje, neste mesmo instante, ajoelhe-se e ore; diga a Deus que você recebe ao Senhor Jesus como seu Salvador e peça-lhe que lhe perdoe os pecados e o salve.
Por que Deus não salva o homem mediante as obras? Pode haver muitas razões, mas uma muito básica dada aqui é "para que ninguém se glorie". Se o homem fosse salvo pelas obras, sem dúvida haveria de gloriar-se de si mesmo e deixaria de render glória a Deus. O maior pecado no mundo é ser independente de Deus e não confiar nele. Este fato aplica-se também à salvação. Por que prefere o homem ser salvo por suas próprias obras a aceitar a salvação grátis que lhe foi preparada por Deus? Por causa do orgulho. Quão humilhante é depender de Deus! Não deixa lugar para a vangloria. O homem, portanto, deseja salvar-se a si mesmo mediante suas obras para que possa ter algo de que se gabar. Mas Deus não deseja que o homem seja salvo desta maneira para que ele não se glorie.
Leiamos outro versículo bíblico: "Não por obras de justiça praticadas por nós, mas segundo sua misericórdia, ele nos salvou" (Tito 3:5a). Esta passagem ensina-nos que Deus não nos salva por nosso muito acúmulo de justiça, pois como Deus disse mediante o profeta Isaías, no Antigo Testamento: "Todos nós somos como o imundo, e todas as nossas justiças como o trapo da imundícia" (64:6a). Podemos pensar que nossa justiça seja digna de louvor, mas à vista de Deus é menos do que nada! Se ele fosse salvar-nos segundo nossa justiça, todos nós pereceríamos; pois sem exceção, nossa justiça é como o trapo de imundícia. Pode tal justiça jamais ser considerada justiça verdadeira? Como poderia então salvar-nos? Como pode Deus salvar-nos à base de trapos imundos? Ele absolutamente não pode.
Mas graças a Deus, ele mostra-nos graça "segundo sua misericórdia". Ele não nos salva por nossa justiça nem por nossas obras, mas segundo sua misericórdia. O significado da misericórdia é que a graça é concedida ao que não a merece, a despeito da impiedade da pessoa. Como pecadores, não merecemos a salvação de Deus. Entretanto, ele nos ama sem causa. Não se deixando impedir por nossas transgressões, ele fez com que o Senhor Jesus morresse na cruz por nós a fim de dar-nos graça. "Segundo a sua misericórdia ele nos salvou”
De modo que não pense que pode ser salvo por praticar o bem. Creia rapidamente no Senhor Jesus Cristo. Ele não exige de você nenhuma de suas obras; ele está disposto a salvá-lo sem elas. Você não precisa acumular méritos; precisa apenas crer nele. Embora você não possa praticar o bem, embora você seja por demais pecador, ele está disposto a ser crucificado a fim de fazer propiciação por seus pecados, isto é, levar seus pecados de omissão e também de comissão. Venha agora, assim como está, e receba-o como Senhor e Salvador. Ele o salvará, aceitá-lo-á e o transformará.
Não argumente que já é membro de uma igreja ou que já foi batizado e que já participou da Ceia do Senhor ou que até seja líder na igreja. Compreenda e admita que estas coisas não salvam e nem jamais podem salvar. A menos que você creia no Salvador que levou seus pecados e morreu por nós todos, você está perdido — a despeito de sua moralidade ou posição. Você não é diferente dos outros. Nada há que proteja o pecador da ira de Deus a não ser o sangue precioso do Senhor Jesus. Toda tentativa boa falhará; somente a obra da cruz de Cristo permanecerá. Todo caminho de salvação que dependa de obras do ego procede do abismo e para lá há de voltar, porque Deus estabeleceu um único modo de salvação: a aceitação de sua graça mediante a fé na cruz de Cristo. A fim de sermos salvos, devemos seguir esse caminho — e esse caminho somente.
Concluindo, deixarei com vocês um versículo bíblico: "Não anulo a graça de Deus; pois, se a justiça é mediante a lei, segue-se que morreu Cristo em vão" (Gálatas 2:21). Se as boas obras podem salvar, então Cristo morreu em vão. Teria Deus sido tão tolo ao ponto de enviar seu Filho ao mundo para morrer desnecessariamente se os homens pudessem operar sua salvação de modo que o satisfizesse? A resposta é óbvia! Permita-me dizer-lhe que se você concluir que as obras podem ajudá-lo a ser salvo, estará automaticamente anulando a graça de Deus. Todos os pecadores devem compreender que "a loucura de Deus é mais sábia do que os homens" (1 Coríntios 1:25a). Ele não teria sacrificado seu amado Filho se os homens pudessem ser salvos pelas obras. O próprio fato de ele ter feito com que seu Filho levasse nossos pecados e morresse por nós prova que não podemos ser salvos por nossas próprias boas obras. Você e eu seremos salvos somente se aceitarmos o Senhor Jesus como Salvador. Verdadeiramente, somos pecadores; entretanto, Deus nos ama sem questionar-nos e está pronto a receber-nos! Embora não tenhamos boas obras nem justiça das quais gloriar-nos, nem por isso sua salvação é diminuída; na verdade, é aumentada. Quão maravilhoso isto é!
Oro para que você seja movido pelo amor de Deus e venha a ele com fé, confessando: "Ó Deus, verdadeiramente sou pecador. Sei que as minhas obras nada são à tua vista. Peço-te que me recebas e me salves agora por amor da morte substitutiva de meu Senhor e Salvador Jesus Cristo."
"O que vem a mim", disse Jesus, "de modo nenhum o lançarei fora" (João 6:37).

domingo, 20 de janeiro de 2008

Salvação

A vida cristã inicia-se com a salvação. Há, entre os cristãos, duas escolas teológicas principais com relação à salvação. A primeira nos diz que a salvação é eterna: uma vez salvos, salvos para sempre; não importa o que fizermos, jamais a perderemos. A segunda escola nos ensina que uma pessoa pode receber a salvação e mais tarde perdê-la.Para entender a salvação, precisamos ANTES de tudo conhecer a diferença entre alma e espírito.. De acordo com I Tessalonicenses 5:23, o homem é constituído de três partes: o espírito, a alma e o corpo. Resumidamente falando, o espírito é o órgão, ou a faculdade ou a “parte” que contatamos Deus e temos comunhão com Ele.Ainda em Jó 12:10 diz “Na sua mão (de Deus) está a alma de todo ser vivente, e o espírito de todo gênero humano”. Esse versículo claramente apresenta uma diferença vital entre a alma e o espírito, mostrando que os animais (seres viventes) não podem se comunicar com Deus, pois só o ser humano têm espírito, por meio do qual pode se relacionar com Deus.Àqueles irmãos ou pessoas que acreditam, semelhantemente às religiões espíritas ou espiritualistas e/ou já contaminados com suas doutrinas, que a alma e espírito são a “mesma coisa”, costumo perguntar* sobre a colocação de Deus em Gênesis 2:17 - “Mas da árvore do conhecimento do bem e do mal, dela não comerás; porque no dia em que dela comeres, certamente morrerás”. *O que “NO DIA” e “CERTAMENTE MORREU” quando Adão e Eva comeram da arvore errada, já que continuaram vivos de corpo e alma?Teria DEUS mentido ou não cumprido ou ainda “mudado” seu aviso?Certamente que não, mas os espíritos humano de Adão e Eva, tornaram-se mortificados e eles perderam assim o contato e a comunhão com Deus e foram expulsos do Éden pra não comer também do fruto da árvore da vida.
Ainda em Hebreus 4:12 diz: Porque a palavra de Deus é viva e eficaz, e mais penetrante do que espada alguma de dois gumes, e penetra até à divisão da alma e do espírito, e das juntas e medulas.... Existe, pois uma divisão entre alma e espírito e novamente a Bíblia aqui nos mostra tal, insistindo na necessidade de separá-los e distingui-los. Enquanto a principal função do espírito é possibilitar-nos ter comunhão com Deus, a alma, por sua vez, é o órgão onde estão nossos pensamentos (mente/intelecto), emoção e vontades (desejos). Podemos dizer que a alma é a nossa personalidade, onde estão nossas características psicológicas que expressamos por meio de nosso corpo. Portanto alma e espírito são diferentes, e é preciso conhecer sua diferença a fim de termos uma vida cristã vitoriosa e saudável.
O PRIMEIRO ESTÁGIOPara entendermos de maneira adequada a plena salvação de Deus, é importante ter sempre em mente a diferença entre as três partes do homem, especialmente entre alma e espírito. A plena salvação de Deus tem três estágios. O primeiro estágio é a regeneração, o “ressuscitar” do espírito morto pelo poder do sangue de Jesus, é o novo nascimento, que ocorre quando “aceitamos” o Senhor Jesus como nosso salvador e nossa vida. Esta “transfusão” espiritual que o sangue do cordeiro nos proporciona vida, vida espiritual, coisa que antes não tínhamos, pois nosso espírito estava mortificado, morto em seus delitos e pecados (Efésios 2:1). Neste estágio, Deus nos justifica por meio da redenção do Messias e do derramar de seu sangue, nos regenerando em nosso espírito e assim nos dá um novo nascimento, por meio do Seu Espírito (João 3:3-6).O primeiro estágio da salvação ocorre em nosso espírito, a morte que a queda de nosso pai Adão nos trouxe foi a que “estávamos MORTOS em nossos delitos e pecados”...como diz Efésios 2:1.
Obviamente nosso corpo não estava morto, tampouco nossa alma estava morta (evidenciado por nossos pensamentos - mente - e emoções tão vivos, como alguém já pronunciou:- “Penso, logo existo” - Renée Descartes). Portanto estávamos mortos em nosso espírito. Isso significa que estávamos incapacitados de ter comunhão com Deus, estávamos afastados D’ele. Assim, a fim de ter contato com Deus, o primeiro passo necessário era que o nosso espírito fosse vivificado. Isto se deu por meio do Espírito Santo. Ser regenerado significa nascer de novo, nascer de outra vida, nascer do alto. Como não havia vida em nosso espírito, era necessário que nascêssemos do Espírito Santo (João 3:6). Nascer do Espírito significa que Deus usou Sua própria vida a fim de regenerar-nos em nosso espírito. Por estarmos mortos era preciso que uma nova vida entrasse em nós. Como a vida de Deus é eterna (Deuteronômio 32:40), o resultado de termos sido regenerados é que recebemos a salvação eterna (Hebreus 5:9) e a vida eterna de Deus (João 3:15). Assim, todos os cristãos genuinamente regenerados pelo Espírito já receberam a salvação de Deus. É preciso deixar claro e enfático, que, a salvação não é meramente um “presente” que ganhamos de Deus, mas A SUA PRÓPRIA VIDA, a vida de Deus, QUE ENTROU EM NOSSO ESPIRITO!
Além disso, ao recebermos a salvação e a vida eternas, tornamo-nos filhos de Deus e jamais pereceremos (João 1: 12 e 13 e 10:28 e 29). Por ser esta salvação, a regeneração do espírito, ser ETERNA, uma vez salvos o somos para sempre, pela eternidade.Pela salvação, a vida eterna de Deus entrou em nós. Assim “Perder a salvação” significa que a vida de Deus seria tirada de nós, ou que deixaria de ser eterna. Isso é impossível!!! Se entendermos a salvação apenas como um “presente de Deus”, perder a salvação significa, que por termos feito alguma coisa errada, um pecado qualquer, nos afastado da comunhão com os santos, etc...perdemos o direito de manter este presente conosco. Isto torna a salvação, resultado de nossos méritos, o que é contrário ao ensino claro da Bíblia. A Salvação, a regeneração, É POR FÉ, não por obras, não por méritos, não pelo que fazemos ou deixamos de fazer (Efésios 2:8 e 9).
O SEGUNDO ESTÁGIO
O segundo estágio da plena salvação de Deus é o da salvação da nossa alma, que pode ser chamado de estágio da transformação. A salvação de Deus é plena, completa; Ele deseja salvar todo o nosso ser tripartido, primeiramente alcançando nosso espírito, em seguida, nossa alma. No entanto, ao lermos a Bíblia, podemos confundir que se refere a cada um desses estágios, levando-nos a conclusão de que podemos perder a salvação.Em Mateus 16:24, Yeshua disse a seus discípulos: “Se alguém quer vir após mim, a si mesmo se negue, tome a cruz e siga-me”.
Repare que Yeshua não se dirigia aos incrédulos, os pecadores não-salvos, mas aos seus discípulos. Isso mostra que, após sermos salvos, em nosso espírito ainda há opção de seguir ou não ao Senhor, isso é voluntário, se quisermos seguir ao Senhor (O Sr. Yeshua deixa muito claro que isso é opcional, escolha nossa), devemos atentar para a primeira condição estabelecida:_ “A si mesmo se negue” – Isso significa negarmos nosso EGO, renunciar aos nossos interesses ou privilégios, a fim de buscar a vontade de Deus e para não mais seguirmos a nossa própria vontade, nem centrar nossa vida em nós mesmos. A segunda condição é:_ “tome a sua cruz e siga-me” – A cruz denota principalmente a morte, a terminação do EGO, a fim de podermos seguir a vontade do Senhor.Nos versículos seguintes, o Senhor apresenta as conseqüências de negarmos ou não a nós mesmos:_ “porquanto, quem quiser salvar a sua vida, perdê-la-á” – A palavra grega traduzida para vida neste versículo é psiquê, que significa alma ou “vida da alma”. Salvar a alma é, pelo contexto, atitude de alguém que quer seguir ao Senhor, todavia não está disposto a negar a si mesmo, nem a tomar a cruz. Quem age assim, pensando salvar a sua alma, estará, na verdade, perdendo-a no reino milenar. (veremos isso com mais detalhes adiante;)
QUEM PERDER A ALMA (vida da alma - psiquê) POR RENUNCIAR O EGO, e TOMAR A CRUZ e SEGUIR AO SENHOR, ESTÁ, DE FATO, é SALVANDO A ALMA.Esses versículos precisam ser estudados com cuidado, pois eles não estão relacionados a idéia comum de “salvação” ou “perdição”. Lembre-se: O Senhor estava falando para os seus discípulos; Portanto, é uma palavra que se aplica somente a cristãos genuínos, pessoas realmente regeneradas pelo Espírito Santo.O Senhor Yeshua continuou: _ versículo 27 de Mateus 16 “o filho do homem há de vir na glória de seu Pai, com os seus anjos, e então retribuirá a cada um conforme as suas obras”; por serem estes versículos continuação dos que falam sobre a sua cruz e negar a si mesmo, isso indica que a retribuição que o Senhor dará aos cristãos está relacionada a terem eles negado a si mesmo e tomado a sua cruz para segui-lo, e terem perdido a sua alma por causa do Senhor. Essas são as obras que o Maschia espera que realizemos. Há os que pensam que as obras aqui se refere a atos, obras de caridade, evangelizações, shows gospel fenomenais, campanhas evangelísticas ou grandes realizações espirituais, infelizmente muitos irmãos amados têm confundido o que é obra do Senhor.Na verdade “A OBRA” que Cristo espera de nós é que nos neguemos e tomemos a cruz, afim de que ele cresça e reine absolutamente em nós. A recompensa que o Maschia dará aos que fizerem essas obras será reinar com ele por MIL ANOS. Isso significa que, quando ele voltar à terra para reinar por mil anos, alguns cristãos reinarão com ele, enquanto outros, NÃO. Isso depende somente e absolutamente de nossa escolha. É pra quem quiser, e livremente, se seguirmos o Senhor negando a nós mesmos e tomando a cruz a todo o tempo, estaremos caminhando seguros para com ele reinar.


A salvação da alma é claramente apresentada como o estágio da transformação em Romanos 12:2, onde Paulo diz:_ “E não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável, e perfeita vontade de Deus”.Mente é o carro chefe da alma. (Alma = mente, vontade e emoções) Sermos transformados na mente significa ter a nossa alma transformada, já que a mente é que lidera a alma. Em grego, a palavra transformação (metamorfose) significa a mudança de uma substância em natureza e em forma. Isso é uma mudança metabólica. Não é somente uma mudança na forma exterior, mas uma mudança na constituição interior. O metabolismo dos alimentos, por exemplo, ocorre em nosso corpo quando os ingerimos e, por meio de vários processos, os constituintes dos alimentos, sua estrutura física e química, vitaminas, proteínas, fibras, gorduras e minerais, tornam-se parte de nosso SER. Se diariamente ingerirmos alimentos/comida saudável, ela mudará metabolicamente nossa constituição e, por fim, se manifestará exteriormente em nossa aparência saudável. Isso descreve perfeitamente o processo de transformação da nossa alma.Quanto mais recebemos a vida de YESHUA HA MASHIA (Jesus O Cristo), por meio da oração, da comunhão com ele e do exercício de nosso espírito, e por meio de negar a nós mesmos e tomar a cruz, mais essa vida operará uma mudança metabólica em nós – nossa mente será renovada, e em lugar de pensamentos segundo o curso deste mundo, pensaremos como Deus pensa (ter a mente de Cristo), nossa emoção, em lugar de deleitar-se com o pecado e com os prazeres do mundo, amara a Deus e tudo que é Dele; por fim, nossa vontade, sempre rebelde e contraria a Deus, passará a querer fazer Sua vontade.Em II Coríntios 3:18 é dito que somos transformados de glória em glória. Isso indica que o processo de transformação da alma é gradual e progressivo. Muitos desejariam ser totalmente transformados, imediatamente, de um momento para outro, em cristãos maduros e irrepreensíveis.
No entanto, o método de Deus é lento e gradual. Para que sejamos transformados precisamos, todos os dias, contemplar o Senhor com o rosto sem véu, com um coração puro e singelo. Dessa maneira, seremos transformados metabolicamente de glória em glória.É impossível mudar-se um cristão por regras, doutrinas, “orientações” ou regulamentos; a genuína, permanente e divina transformação é a que ocorre interiormente, através do operar da vida divina. Esta vida divida é o Espírito de Cristo em nós, dentro de nosso espírito.Há dois “instrumentos” principais para a transformação, para a salvação da nossa alma, aos quais devemos dar atenção. O primeiro é nossa alimentação espiritual. A mudança metabólica de nossa alma ocorre da mesma maneira que a física: Por meio da alimentação. Quanto mais comida saudável ingerirmos, mais saudáveis seremos. Do mesmo modo, precisamos de comida espiritual saudável para que nossa alma seja transformada. Que devemos comer? CRISTO. Cristo é o pão vivo e o pão da vida (João 6.48, 51,57). Pra que serve o pão? Evidentemente não é pra ser “estudado” ou se estabelecer doutrinas a seu respeito. Porém, é isso que muitos cristãos fazem em relação ao Senhor Yeshua Ha Maschia. Em vez de comer dele, contenta-se em analisá-lo, em falar dele, em discutir doutrinas a seu respeito. No entanto, o que realmente necessitamos é alimentarmos de Cristo.Quando o Senhor falou aos Judeus que eles precisam de comer sua Carne, eles NADA entenderam e se escandalizaram. Yeshua então, explicou que alimentar-se dele é comer suas palavras, que são Espírito e Vida (João 6.63). Precisamos agir como o profeta Jeremias que, ao encontrar as palavras de Deus, logo as comeu (Jer. 15.16). Ele não se deteve em analisá-las ou estabelecer doutrinas a partir delas – ele simplesmente as comeu.Por outro lado, para que haja transformação precisamos negar nosso ego, que é a nossa Alma, e seguir ao Senhor (Mateus 16.24).
Constantemente surgem em nossa vida situações em que precisamos decidir entre fazer nossa vontade ou negar a nós mesmos. Desentendimentos com o cônjuge, problemas com colegas de trabalho, pontos de vista divergentes com irmãos da igreja – todas essas situações são permitidas por Deus para nos dar oportunidade de negar a nós mesmos e ganhar mais de sua Vida. Deus usará todas as circunstancias para nos transformar. Todas as coisas, todas as pessoas e todos os fatos cooperam para o bem daqueles que amam a Deus (Rom 8.28). Esse “bem” não é conforto material, prosperidade ou a felicidade dos cristãos, mas é transformação à imagem do Filho de Deus. Este é o objetivo de Deus: Conformar-nos à imagem de seu Filho. Portanto, se amamos ao Senhor, temos um mesmo alvo e objetivo que Ele, e amaremos seu “processo de transformação”.A Salvação de nosso espírito é instantânea e realizada unicamente por Deus; a salvação da Alma, por sua vez, é de NOSSA responsabilidade e nos cabe devolve-la com temor e tremor (Filipenses 2:12). É a salvação da Alma (I Pedro 1.9) que nos levará ao gozo do Senhor na era vindoura (Mateus 10: 37 – 39; 16: 24 – 27; Lucas 17: 30 – 33; João 12: 25). A salvação do espírito é decidida no momento exato em que cremos no Senhor Yeshua e somos lavados pelo poder de seu sangue, mas a salvação da alma depende do que fazemos hoje, ou seja, depende de viver de acordo com a vida de Deus, de negar a nós mesmos, de alimentar-nos espiritualmente (isso é muito mais que “ler a Bíblia”). Essas sim, são as obras que Deus espera que façamos. É a isso que a Bíblia se refere quando diz que o Senhor, ao voltar, retribuirá aos cristãos segundo o que eles tiverem feito por meio do corpo (II Cor 5.10).
findando...
O TERCEIRO ESTÁGIO
O terceiro e último estágio da plena salvação de Deus é a salvação do nosso corpo, chamado na Bíblia de glorificação. Esse estágio ocorrerá no futuro, à época do arrebatamento dos cristãos vencedores (aqueles que conseguiram salvar suas almas), ou à época do julgamento do Tribunal de Cristo, para os demais cristãos. Deus redimirá nosso corpo de corrupção (Rom 8.23), transfigurando-o no corpo da glória de seu Filho (Filipenses 3.21). Deus nos conformará à imagem de Cristo (Rom 8.29) e seremos semelhantes a ele (I João 3.2). Deus nos glorificará (Rom 8.30) para entrarmos no seu reino celestial (II Timóteo 4:18; II Pedro 1:11), o qual é nossa herança (Tiago 2: 5; Gálatas 5: 21), e para reinar com Cristo como seus co-reis sobre as nações (II Timóteo 2: 12; Apocalipse 20: 4 e 6; 2: 26 e 27; 12: 5), nosso corpo será libertado do cativeiro da corrupção para a liberdade da glória da nova criação de Deus (Romanos 8: 21).
CONCLUSÃO
Assim como a regeneração (nosso espírito) em nada depende de nós, por ser totalmente realizada por Deus, assim também a glorificação, a salvação do corpo – ela será inteiramente concretizada por Deus. Por isso, toda nossa atenção deve ser dada à salvação da alma. Deus tem-nos preparado tão grande, rica e completa salvação, mas há a necessidade de nossa cooperação: Reunir toda a diligência (II Pedro 1: 3 a 8) para desenvolver a salvação da alma. Ao longo da era da graça, a era da Igreja, Deus nos proporciona situações para que nossa alma seja mais salva. Se tivermos clareza de quão precioso é o galardão para os que aceitarem ser amadurecidos pela transformação da alma, não desperdiçaremos nenhuma dessas oportunidades que Deus amorosamente nos prepara.